A seca 2012-2015: os impactos na produção de feijão

Romário Nunes da Silva; Werônica Meira de Souza; Romero Sales Filho; Horasa Maria Lima da Silva  Andrade; Luciano Pires de Andrade

doi:10.17648/diversitas-journal-v6i2-1797

Autores

Romário Nunes da Silva Universidade Federal Rural de Pernambuco/Unidade Acadêmica de Garanhuns https://orcid.org/0000-0002-0401-8000
Werônica Meira de Souza Universidade Federal Rural de Pernambuco/Unidade Acadêmica de Garanhuns https://orcid.org/0000-0002-6270-2345
Romero Sales Filho Universidade Federal Rural de Pernambuco/Unidade Acadêmica de Garanhuns https://orcid.org/0000-0001-6491-9161
Horasa Maria Lima da Silva Andrade Universidade Federal Rural de Pernambuco/Unidade Acadêmica de Garanhuns https://orcid.org/0000-0002-5366-6610
Luciano Pires de Andrade Universidade Federal Rural de Pernambuco/Unidade Acadêmica de Garanhuns https://orcid.org/0000-0001-5818-711X

DOI:

https://doi.org/10.17648/diversitas-journal-v6i2-1797

Resumo

RESUMO: A seca é um desastre natural, que pode causar grandes prejuízos no âmbito econômico e social. No Brasil, atinge principalmente a região do Semiárido do Nordeste, prejudicando as atividades agrícolas e a pecuária, acarretando em problemas como a desnutrição, fome, morte e o êxodo. O presente estudo teve por objetivo analisar a influência da última seca registrada entre os anos de 2012 e 2015 na produção do feijão comum (Phaseolus vulgaris L.) no município de São João/Pernambuco, localizado na região do Semiárido do Nordeste brasileiro. Foi realizado um levantamento exploratório, do período de 2007 a 2017, relacionado aos índices pluviométricos e produtividade do feijão, utilizando bases de dados da APAC, IPA e IBGE. A partir dos dados obtidos foi possível verificar que a seca afetou consideravelmente a atividade agrícola relacionada a cultura do feijão, que em grande maioria, é realizada em condições de sequeiro, ou seja, depende exclusivamente da água das chuvas.

PALAVRAS-CHAVE: Estiagem, Pluviosidade, Phaseolus vulgaris.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

APAC –Agência Pernambucana de Águas e Clima. Histórico Pluviométrico:São João.2019. Disponível em:http://www.apac.pe.gov.br/meteorologia/monitoramento-pluvio.php. Acessoem:18jun.2019.

BESHIR, H. M.; WALLEY, F. L.; BUECKERT, R.; TAR'AN, B. Response ofsnap bean cultivars to Rhizobium inoculation under dryland agriculture inEthiopia.Agronomy, v. 5, n. 3, p. 291-308, 2015. DOI:10.3390/agronomy5030291

CARVALHO, J.J.; SILVA, N.F.; ALVES, D.M; MORAIS, W.A.; CUNHA,F.N.; TEIXEIRA, M.B. Produtividade e teores de nutrientes em grãos de feijãosob diferentes manejo do solo e da irrigação. Revista Brasileira de Agricultura Irrigada,v.8, n.3, p.296-307, 2014.Disponívelem: http://inovagri.org.br/revista/index.php/rbai/article/view/216. Acesso em: 06 out.2019.

CEMADEN -Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de DesastresNaturais. Situação atual da seca no Semiárido e impactos em agosto de2016.Disponível em: http://www.cemaden.gov.br. Acesso em: 06out. 2019.

CONAB -COMPANHIA NACIONAL DEABASTECIMENTO.Acompanhamento da safra brasileira de grãos 2013/2014:3º levantamento, dezembro de 2013, v.1, n.3, p.1-72, 2015.Disponível em: https://www.conab.gov.br/info-agro/safras/graos/boletim-da-safra-de-graos/item/download/1296_9df6252e346be5a005992b7da3cc0d31.Acesso em: 06 out.2019.

CONAB -COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO.Acompanhamento da safra brasileira de grãos2017/2018:10ºlevantamento, julho de 2018, v.4, n3. p.1-131, 2018. Disponível em:https://www.conab.gov.br/info-agro/safras/graos/boletim-da-safra-de-graos/item/download/16714_d7a4ad363319050e2bce9b695cf7bb09. Acessoem: 06 out.2019.

CPRM -Serviço Geológico do Brasil Projeto cadastro de fontes deabastecimento por água subterrânea. Diagnóstico do município de São João, estado de Pernambuco/ Org.: MARCARENHAS, J. C.; BELTÃO, B.;JÚNIOR, L. C. S.; GALVÃO, M. J. T. G.; PEREIRA, S. N.; MIRANDA, J. L. F.Recife: CPRM/PRODEEM, 2005.Disponível em:http://rigeo.cprm.gov.br/xmlui/bitstream/handle/doc/16626/Rel_S%C3%A3o%20Jo%C3%A3o.pdf?sequence=1. Acesso em: 16jun. 2019.

EAKIN, H.C.; LEMOS, M.C.; NELSON, D.R. Differentiating capacities as ameans to sustainable climate change adaptation.Global EnvironmentalChange, v. 27, p.1-8,2014. Disponível em:http://dx.doi.org/10.1016/j.gloenvcha.2014.04.013. Acesso em: 16jun. 2019.

FAO -Food and Agriculture Organization.FAOSTAT: Crop Statistics.Disponível em:http://faostat.fao.org/site/567/DesktopDefault.aspx. Acessoem: 22 mar. 2021.

FARIAS, A. A. D.; SOUSA, F. D. A. S. D.; MORAES NETO, J. M.;ALVES, A. D. S.Secas e seus impactos no município de Boqueirão, PB, Brasil.Revista Ambiente & Agua,v. 12, n. 2, p.316-330, 2017. DOI:10.4136/ambi-agua.2004

FARIAS, C. H. A.; SOUSA, K. S.; SILVA, I. F.; AGRA, R.V.; NETO, G.C. G.; Crescimento do sistema radicular de cana-de-açúcar submetida dalâminas de irrigação: modelo geoespacial e influências na produtividade da cultura. Revista Brasileira de Agricultura Irrigada, v.4, n.4, p.186 –196, 2010.Disponível em: http://www.inovagri.org.br/revista/index.php/rbai/article/view/45. Acesso em: 18, jun. 2019.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social.6. ed. -São Paulo:Atlas, 2008.13.

IBGE -INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA EESTATÍSTICA, 2018.Resultado dos Dados Preliminares do Censo2018:Resultado dos Dados Preliminaresdo Censo 2018. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pe/sao-joao/panoram>. Acesso em: 18 jun. 2019.

IBGE -INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA EESTATÍSTICA, 2019.Produção agrícola:cereais, leguminosas e oleaginosas.Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pe/sao-joao/pesquisa/31/29644. Acesso em: 18 jun. 2019.

IPA –Instituto Agronômico de Pernambuco. Sessão de ÍndicesPluviométricos:São João. 2019. Disponível em: http://www.ipa.br/indice_pluv.php#calendario_indices. Acesso em: 18 jun. 2019.

MARENGO, J. A.; ALVES, L. M.; SOARES, W. R.; RODRIGUEZ, D.A.; CAMARGO, H.; RIVEROS, M. P.; PABLÓ, A. D.Two Contrasting Severe Seasonal Extremes in Tropical South America in 2012: Flood in Amazonia and Drought in Northeast Brazil.Journal Of Climate, v. 26, n. 22, p.9137-9154, 2013. DOI:10.1175/jcli-d-12-00642.1

PEREIRA, G. R.; CUELLAR, M. D. Z. Conflitos pela água em tempos deseca no Baixo Jaguaribe, Estado do Ceará. Estudos Avançados, v. 29, n. 84, p.115-137, 2015. DOI:10.1590/s0103-40142015000200008

RODRIGUES, R. R. V.; AMADOR, M. B. M. Reflexões Sistêmicas sobrea Jurema Preta (Mimosa tenuiflora) com enfoque no município de São João/PE. Periódico Eletrônico Fórum Ambiental da Alta Paulista, v. 9, n. 7, p. 181-186. 2013.Disponível em:http://www.amigosdanatureza.org.br/publicacoes/index.php/forum_ambiental/article/download/556/581. Acesso em: 18jun. 2019.

ROSSATO, L.; MARENGO, J. A.; ANGELIS, C. F. D.; PIRES, L. B. M.;MENDIONDO, E. M. Impact of soil moisture over Palmer Drought Severity Index and its future projections in Brazil. Revista Brasileira de Recursos Hídricos, v. 22, 2017.DOI: 10.1590/2318-0331.011716004520.

SAKAMOTO, M.S.; FERREIRA, A.G.; COSTA, A.C.; OLIVAS, E.S.Rainy season pattern and impacts on agriculture and water resources in Northeastern Brazil. In: ANDREU, J.; SOLERA, A.; PAREDESARQUIOLA, J.; HARO-MONTEAGUDO, D.; VAN LANEN, H. (Org.). Drought:research and science-policy interfacing. 1.ed. London: Taylor & Francis Group, p. 49-55,2015.

SILVA, D. A. M. D.; MOURA, M.O. Registros de desastres associados àestiagem e seca na região do Alto Sertão da Paraíba.Revista de Geociências do Nordeste, v. 4, p. 126-136, 23 maio 2018.Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/revistadoregne/article/view/14100/9472. Acesso em: 19 jun. 2021.

SINGH, S.P.Common Bean Improvement in the Twenty-FirstCentury;Singh, S.P., Ed.; Kluwer Academic Publishers: Dordrecht, The Netherlands, 1999.

SWINSCOW, T. D. V.; CAMPBELL, M. J. Statistics at square one.London: Bmj, 2002.

SVOBODA, M.; FUCHS, B.Handbook of drought indicators andindices.Nebraska: University of Nebraska, 2016.

WMO -WORLD METEOROLOGICAL ORGANIZATION; GWP -GLOBAL WATER PARTNERSHIP.Handbook of Drought Indicators and Indices (M. Svoboda and B.A. Fuchs). Geneva: Integrated Drought Management Programme (IDMP), Integrated Drought Management Tools and Guidelines Series 2, 2016.Disponível em: <https://www.droughtmanagement.info/literature/GWP_Handbook_of_Drought_Indicators_and_Indices_2016.pdf>. Acesso em: 18 jul 2019.