Infâncias, Crianças e as tramas montadas para pensar sobre elas: dialogando com os estudos da infância
DOI:
https://doi.org/10.17648/diversitas-journal-v6i1-1687Resumo
RESUMO: Este texto ensaia uma breve e pontual reflexão sobre as infâncias, as crianças e os desdobramentos evidenciados com a inauguração dos estudos da infância. Nele, consideraremos as perspectivas históricas e sociológicas como forma de compreender a origem do conceito de infância, os modos de vida das crianças em diferentes temporalidades e a modernidade como lastro na estruturação do pensamento contemporâneo. Na contemporaneidade, as pesquisas, cada vez mais, têm demostrado que as crianças e suas infâncias tramam significados a partir de suas práticas cotidianas, interferem na dinâmica social e são produtoras das culturas infantis. O objetivo do texto será estabelecer um debate sobre as concepções historicamente instituídas no campo multidisciplinar dos estudos da infância e as relações com a educação infantil, pensando como elas reverberam no cotidiano de crianças e professores (as). Nesse momento da pesquisa que se encontra na fase inicial, estamos nos aproximando do campo e produzindo elementos que nos aproximem desse estado da arte. Dialogaremos com pesquisas de Arroyo (1994), Cohn (2005), Qvortrup (2014), Sarmento (2004, 2007), Sarmento e Marchi (2017), Oliveira (2008), entre outros. As discussões apontam para um campo fecundo de pesquisas e metodologias criativas, voltadas à compreensão das infâncias e narradas a partir do olhar das crianças, denotando complexidades, particularidades e singularidades na potência de suas vozes. Ainda recente, esse campo de conhecimento tem impulsionado ganhos em torno dos direitos sociais e da agência infantil. No entanto, ainda temos um longo caminho a percorrer em busca de uma infância cidadã, aquela que tenha a presença dos corpos infantis na história social de seus territórios.
PALAVRAS-CHAVE: Infância; Crianças; Educação Infantil.
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